O último dia da 2ª Conferência Distrital de Unidades de Conservação (CDUC), evento promovido pelo Instituto Brasília Ambiental, foi marcado pela realização de oficinas temáticas. O ponto de encontro nesta sexta-feira (1) foi no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB) com um café da manhã de boas vindas seguindo por uma dinâmica coletiva.
A atividade de abertura, conduzida pelo psicólogo e educador físico Fábio Broto, em meio aos jardins do CDS, envolveu os participantes em um jogo cooperativo, com o objetivo de potencializar a capacidade das pessoas de trabalharem em conjunto visando um interesse comum. “A ideia foi criar uma conexão e a integração entre todos os conferencistas, como uma forma de aquecimento para as oficinas”, explica Broto, representante da organização Projeto Cooperação, que promove a cultura da cooperação em vários ambientes.
Após a dinâmica, os inscritos seguiram para as oficinas Criação de Reservas do Patrimônio Particular Natural (RPPN’s); Conselhos Gestores em Unidades de Conservação (UCs); Introdução ao Ecoturismo, visitação e parques ecológicos e Voluntariado em Unidades de Conservação.
A oficina Sistemas nacionais e subnacionais de áreas protegidas na América Latina foi realizada em meio virtual. Já os participantes da oficina Manejo de Trilhas em Unidades de Conservação foram conduzidos para o Parque Distrital das Copaíbas, localizado no Lago Sul que sediou a atividade prática.
A analista de planejamento urbano e infraestrutura Marina Ribeiro, falou sobre a sua expectativa para essa experiência. “Ainda não visitei o parque {Distrital das Copaíbas}, após a implantação das trilhas, então a minha curiosidade é conhecer como ficou e saber mais sobre como foi todo o processo de instalação, as diretrizes. E é uma referência para o desenvolvimento de outros projetos, no futuro”, disse a servidora que é lotada na Diretoria de Conservação e Recursos Hídricos do Brasília Ambiental.
O estudante da UnB, Pedro Tominaga, também deixou sua impressão sobre o workshop Voluntariado em Unidades de Conservação: “Estou buscando ter uma noção e entender como se estrutura a participação social, voluntária, dentro das UCs, tanto no Distrito Federal quanto em âmbito nacional. E como isso é concretizado, de um modo geral”, disse o universitário.
A técnica em Planejamento Urbano e Infraestrutura Simone Abreu, que está licenciada do Brasília Ambiental para doutorado em Geografia na UnB está desenvolvendo sua tese em consolidação territorial das unidades de conservação do DF participou da oficina de Conselhos Gestores e destaca a importância do tema.
“Quando uma unidade de conservação é criada, o processo que antecede a isso envolve diversos atores, como, por exemplo, a participação da sociedade e, nesse momento, nós podemos reunir a sociedade e o próprio governo para compor o conselho gestor. E a construção de estratégias pode servir para a participação no plano de manejo. Esses atores são importantes no cuidado com a unidade de conservação, porque para proteger o meio ambiente, a gente não protege só. A gente precisa de parceiros”, conclui a doutoranda.
Convenção – A 2ª Conferência Distrital de Unidades de Conservação, em 2025, celebra os 15 anos de criação do Sistema Distrital de Unidades de Conservação (SDUC) reunindo servidores, ambientalistas, estudantes, gestores, pesquisadores e demais representantes da sociedade civil para dialogar sobre as conquistas, desafios e perspectivas de atuação na proteção e fruição das áreas protegidas do Distrito Federal.
A edição deste ano foi promovida em dois dias: em 31 de julho, com apresentações no auditório da Câmara Legislativa Distrital e, finalizando, em 1º de agosto, com seis oficinas, aliando conhecimentos teóricos e práticos de assuntos relevantes relacionados às áreas protegidas.
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