“Esta é uma conquista importante para o projeto de sustentabilidade do Distrito Federal”. A afirmativa é do governador Agnelo Queiroz sobre o Centro de Práticas Sustentáveis, inaugurado na tarde desta quarta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. A solenidade reuniu mais de 200 participantes entre estudantes, professores e pesquisadores da UnB, UniCEUB e ICESP, membros de ONGs ligadas à área ambiental, autoridades e lideranças comunitárias.
O governador ressaltou que o Centro, construído com recursos da compensação ambiental da implantação do Setor Habitacional Jardim Mangueiral, agregará valor de sustentabilidade para o DF e, em especial, para a região administrativa de São Sebastião, onde é localizado.
Agnelo Queiroz frisou que o Centro não está isolado da política de meio ambiente do DF. “Muito pelo contrário, todos os investimentos, como o programa Brasília Cidade Parque, por exemplo, estão priorizando a área de meio ambiente. Em dois meses já lançamos obras de mais de 30 parques. Já plantamos mais de um milhão e meio de mudas dentro do Programa Tempo de Plantar. E vamos plantar muito mais. Vamos transformar Brasília na cidade mais verde do mundo, e o Centro, que inauguramos agora, será um dos produtores dessas mudas”, disse.
O governador disse ainda que o Governo também tem incentivado que todas as construções públicas distritais tenham o caráter da sustentabilidade. Citou como exemplo o estádio Mané Garrincha, recém inaugurado, e o Centro Administrativo do DF, que está sendo construído em Taguatinga.
O presidente do IBRAM, Nilton Reis, ressaltou a missão empreendedora do espaço inaugurado. “O Centro já está sendo um fomentador do empreendedorismo e um mostruário de boas práticas ambientais. Os tijolos utilizados na sua construção são ecologicamente corretos e foram feitos por uma olaria local”, informou.
O secretário de meio ambiente, Eduardo Brandão, ressaltou o trabalho conjunto que o Centro realizará com as universidades. “A mudança de comportamento se faz com cultura, e cultura é educação. O importante agora é difundir essas boas práticas. A discussão mundial hoje é sustentabilidade que é formada pelo tripé: desenvolvimento econômico, olhar social e olhar ambiental, e é exatamente isso que um Centro, de alta qualidade ambiental como esse, representa” lembrou.
O secretário informou que no segundo semestre deste ano o Centro contará com uma programação de palestras e cursos que unirão teoria e práticas sustentáveis, a serem desenvolvidos e ministrados junto com as universidades.
Participação universitária – Para o professor Jairo Furtado, do curso de engenharia civil do Uniceub, o Centro rompe paradigmas. “Essa iniciativa mostra para a sociedade que é possível utilizar restos de materiais da construção civil, tratar e reusar água, ter aproveitamento integral de alimentos, enfim, é um ambiente que tem muito a compartilhar com a comunidade”, enfatizou.
Já o engenheiro agrônomo, Caio Aurélio Cardoso Nunes, avaliou o Centro como uma grande oportunidade para pesquisa, conhecimento de tecnologias alternativas que contribuem para a preservação do meio ambiente. Ele ressaltou, no entanto, que o comércio da construção civil de Brasília tem que se preparar para comercializar este tipo de tecnologia de construção. “Construções como essa podem transformar a cidade em um exemplo de sustentabilidade”, considerou.
A estudante de engenharia ambiental da Unb, Raissa Maria Mota, considerou a construção extremamente interessante. Ressaltou que as práticas ambientais implantadas são exemplares. Mas frisou que a iniciativa só terá sentido se o Centro, efetivamente, interagir com a comunidade. ”É importante que isso aqui não se torne apenas um modelo para ser admirado, mas que tenha vida de multiplicação dessas práticas”, lembrou.
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