Uma das mais antigas Unidades de Conservação delimitadas no Brasil, a Esecae chega aos 50 anos ameaçada pela agricultura e invasões
Pelo menos onze escolas e mais de duzentos professores participaram, no último dia, 23 de maio, na sede do Instituto Federal de Brasília, IFB, em Planaltina, do lançamento de um concurso artístico-literário em homenagem aos 50 anos de criação da Estação Ecológica de Águas Emendadas, Esecae, uma das mais antigas do país, que festeja seu jubileu de ouro em agosto próximo. O evento Olimpíadas de Desenho e Redação nas Escolas Públicas de Planaltina reúne grupos artísticos, culturais e educadores das escolas da região e foi aberto na manhã de hoje, com encontros e apresentações.
Promovido pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e pelas secretarias de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE/DF) e do Meio Ambiente (SEMA-DF), em parceria com a Academia Planaltinense De Letras, Artes E Ciências (Aplac), o concurso pretende envolver estudantes, educadores e a sociedade em ações que mostrem a importância socioambiental da Unidade de Conservação para a sustentabilidade e o futuro do Distrito Federal e do Planalto Central do Brasil.
Apresentações artísticas de alunos com temas sobre fauna e flora do Cerrado abrem as Olimpiadas em homenagem à Esecae, patrimonio natural do DF
A Esecae foi criada em agosto de 1968 como a Reserva Biológica de Águas Emendadas, abrangendo pouco mais de cinco mil hectares. Com o rápido crescimento de Brasília, aliada à necessidade de preservar locais históricos e à vegetação do Planalto Central, sua área dobrou de tamanho, incorporando a lagoa Mestre D´Armas ou Bonita, e passando a ser categorizada como estação ecológica. Está localizada na região administrativa de Planaltina. Atualmente ocupa uma área de 10 mil 547 hectares e é destinada à proteção do ambiente natural, realização de pesquisas básicas e aplicadas em ecologia e à educação conservacionista. As visitas são permitidas, desde que previamente autorizadas e monitoradas pelo Ibram.
É na Esecae que ocorre um extraordinário fenômeno hidrográfico: o nascimento de duas grandes bacias continentais, vertendo de um mesmo ponto: ao norte a bacia do Tocantins e, ao sul, a bacia do Paraná – Prata. Em uma vereda de aproximadamente 6 km de extensão afloram dois córregos em lados opostos: o córrego Vereda Grande corre para o norte, encontra o rio Maranhão que vai alimentar o caudaloso rio Tocantins. O córrego Brejinho corre para o sul, engrossa o córrego Fumal e logo após, para o rio São Bartolomeu, depois para o Corumbá, desaguando no Paranaíba e formando então o rio Paraná.
Veja vídeo sobre a importância da Esecae.
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