Em comemoração ao Dia Mundial da Água, celebrado nessa sexta-feira (22), o Instituto Brasília Ambiental promoveu mais uma edição do Ciclo de Palestras – Compartilhando Saberes. Realizado de forma virtual pelo Youtube da autarquia, a analista de Atividades de Meio Ambiente, Maria Fernanda Teixeira, apresentou o trabalho “Panorama da Gestão de Resíduos no Distrito Federal”. A apresentação é fruto dos quase 14 anos de experiência da servidora na área de gestão de resíduos, que também trabalhou no Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e na Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema).
Na ocasião, Maria Fernanda falou sobre a geração de resíduos no Brasil que em 2022, produzia 81.811.506 toneladas por ano, reciclando apenas 4% desse total. “As pessoas pensam apenas em jogar o lixo fora, mas do ponto de vista do planeta, não existe como jogar fora. Porque não existe fora”, comentou.
O Distrito Federal, apesar de ser uma cidade planejada, não teve a preocupação com uma gestão de resíduos. Até 2017, todo o lixo da cidade era despejado em um lixão, localizado na Estrutural. Com a construção do Aterro Sanitário em Samambaia, os resíduos passaram a ter um local feito com técnica para esse fim, onde o lixo é diariamente aterrado; o chorume passa por um tratamento antes de ser despejado no Rio Melchior; além de realizar a captação e queima do gás metano transformando em gás carbônico, 20 vezes menos poluente.
Segundo Maria Fernanda, atualmente mais de 1.300 catadores trabalha de forma digna, por meio de cooperativas, como contratados do SLU, realizando a coleta seletiva e triagem de resíduos recicláveis. A capital também é campeã em compostagem, realizando o tratamento de 10% do total de resíduos gerados que são doados para agricultores rurais.
Entretanto, mesmo com toda essa revolução na gestão dos resíduos, o DF ainda necessita do engajamento da população nesse processo para prolongar a vida útil do Aterro Sanitário que tem a previsão de capacidade de trabalho até 2050. “Não podemos esperar para pensar no lixo quando ele já virou um problema, precisamos começar a pensar antes da sua geração, desde o momento do consumo. Precisamos repensar os nossos hábitos de consumo”, reafirmou Maria Fernanda.
Conscientizar – Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água. A data foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, no Rio de Janeiro, como um esforço da comunidade internacional para colocar em pauta as questões essenciais que envolvem os recursos hídricos no planeta.
Para o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ter um dia para lembrar e promover a conscientização sobre a importância da água e sua conservação é muito importante. A preservação do Cerrado é indispensável para garantir a preservação desse bem tão precioso. “Sendo a água tão essencial à vida e o fato de estarmos em uma região tão rica em nascentes, considerada por muitos o ‘Berço das Águas’, nossa missão é trabalhar e construir políticas públicas para a proteção desse recurso natural finito, garantindo água de qualidade hoje e sempre para a população do Distrito Federal”, completou.
Em 2024 o tema definido pela ONU globalmente para o Dia Mundial da Água é Água para a Paz.
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