O Parque Ecológico Veredinha (Brazlândia) recebe, a partir desta sexta-feira (23), cerca de 6.200 mudas de espécies nativas do Cerrado que estão sendo plantadas nas proximidades e no interior da unidade de conservação. Destas, 57 mudas foram cultivadas por estudantes do Centro de Ensino Fundamental 2 da cidade. O trabalho faz parte do projeto CITinova, da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal em parceria com o Instituto Brasília Ambiental e a Fundação Pró-Natureza (Funatura), apoiada pelo GEF, um fundo global para o meio ambiente. São R$ 500 mil de investimento no reflorestamento de áreas urbanas na região.
Kelly Mota Lima, professora de ciências que acompanhava o grupo, ressaltou por que os estudantes devem entender que a região é um grande berço de águas. “É importante para que eles coloquem em prática esse conhecimento da sala de aula aqui, sabendo que o local que eles moram é relevante para todo o Brasil. Se o Cerrado morre, todos os outros biomas
morrem”, pontuou a educadora.
De acordo com Nazaré Soares, coordenadora técnica do CITinova, a iniciativa se insere nas metas do projeto de implantar florestas urbanas no DF. Foram quatro hectares reflorestados dentro do Parque Veredinha, em uma área degradada, e mais seis hectares no entorno, em espaços utilizados pela população local.
“Esse plantio cumpre um papel muito importante no conforto térmico, no bem-estar das pessoas, reduz enxurradas, melhora a infiltração da água no solo e mantém as nascentes dos córregos com água”, relatou Nazaré.
A relevância do Parque Ecológico Veredinha também está na nascente que ele abriga. O córrego que dá nome à unidade abastece o lago de Brazlândia que, por sua vez, deságua no Descoberto. De acordo com Bruna Sousa da Silva, representante do Brasília Ambiental, o projeto tem grande importância para as unidades de conservação, “por trazer mais permeabilidade e ajudar na recuperação do Cerrado”, que é o segundo maior bioma do país.
A subsecretária de Meio Ambiente, Márcia Fernandes Coura, destacou que o projeto foi desenvolvido em um período de crise hídrica no DF: “As ações feitas localmente contribuem para as ações globais de enfrentamento às mudanças do clima. Esse é o papel que a secretaria tem nesse momento, ajudando as regionais e várias cidades a trabalhar esses aspectos ambientais.”
Com informações da Agência Brasília
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