Síndicos de 27 condomínios de Águas Claras, sobretudo os mais próximos ao Parque Ecológico de Águas Claras, se reúnem na noite desta terça-feira, 19, com técnicos da Divisão de Vigilância Ambiental (Dival), da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, e agentes do IBRAM para discutir meios de combate e prevenção contra a contaminação por barbeiros (Triatoma infestans). Alguns desses insetos, transmissores do protozoário Trypanossoma crusi, causador da Doença de Chagas em humanos, foram encontrados há algumas semanas em prédios da região e no Parque Ecológico de Águas Claras.
O encontro será às 19h, no Centro de Referência de Educação Ambiental do Parque Ecológico de Águas Claras. A nova reunião foi definida na semana passada, quando a gerente de Manejo e Gestão do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), Marcela Versiani, o administrador de Águas Claras, Manoel Valdeci Machado Elias e técnicos da Secretaria de Saúde decidiram envolver outros condomínios para uma ampla campanha de esclarecimentos sobre a presença de barbeiros naquela área. Somente em um dos condomínios, o Vive la Vie, já foram encontrados seis insetos nas suas dependências.
Os síndicos e os agentes serão treinados sobre como identificar o inseto, como evitar o contágio e as etapas entre a contaminação e a apresentação da doença. “É importante que a comunidade e os servidores do parque conheçam sobre essa doença, para orientar os usuários sobre os riscos e formas de prevenção”, justifica Marcela Versiani. Muito embora a Secretaria de Saúde, que monitora a população de barbeiros existentes no Distrito Federal, informe que nunca houve transmissão da doença em Brasília. Como Águas Claras era uma região de matas, não é incomum que sejam encontrados alguns espécimes, já que era ali seu ambiente natural. Também está sendo providenciado material informativo para apoiar o trabalho da equipe do Parque de Águas Claras, da Divisão de Vigilância Ambiental e da Administração Regional de Águas Claras na conscientização da população.
CHAGAS – A doença pode ser transmitida de duas maneiras: pela ingestão de alimentos contaminados por fezes de barbeiro portador do protozoário Trypanossoma crusi ou por transmissão da mãe para o filho durante a gestação. Segundo a Divisão de Vigilância Ambiental, os moradores dos prédios próximos ao Parque Ecológico de Águas Claras, onde existem resquícios das matas existentes, serão orientados também a colocar telas nas janelas para evitar que insetos entrem nos apartamentos em busca de alimentos.
A Dival informa ainda que o cidadão que encontrar algum exemplar de inseto ou espécime que suspeite ser o barbeiro pode levá-lo a um dos Postos de Informação de Triatomíneos (PIT), instalados nas escolas e unidades de saúde rurais, ou nos Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental, para análise laboratorial. O PIT em Águas Claras está localizado no Núcleo do Guará e atende ao público também pelo telefone (61) 3381-0508
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